EUA x Apple pelo monopólio do iPhone

Washington:

O Departamento de Justiça dos EUA decidiu na quinta-feira que a Apple manteve ilegalmente o monopólio sobre seu iPhone, restringindo a concorrência e impondo custos excessivos aos consumidores.

O processo, movido por vários estados dos EUA, atingiu o iPhone por faturar centenas de bilhões de dólares e dificultar a mudança dos consumidores para smartphones e dispositivos mais baratos.

O tão esperado processo contra a Apple faz com que a empresa fundada por Steve Jobs em 1976 entre em conflito com Washington, depois de ter escapado em grande parte da vigilância do governo dos EUA durante quase meio século.

Ela se junta à Amazon, Google e Meta, proprietária do Facebook, que enfrentam ações judiciais antitruste nos EUA.

As ações da Apple caíram até 3,75 por cento em Wall Street na quinta-feira.

No centro do processo estão as supostas práticas de exclusão da Apple, que estabelecem condições estritas e às vezes opacas para empresas e desenvolvedores que tentam alcançar os 136 milhões de usuários do iPhone nos EUA.

De acordo com o processo, essas regras e decisões têm como objetivo forçar os usuários da Apple a permanecer no ecossistema da Apple e comprar o hardware mais caro da empresa, o iPhone.

“Os consumidores não deveriam ter que pagar um preço mais alto quando as empresas violam as leis antitruste”, disse o procurador-geral Merrick Garland.

“A menos que seja desafiada, a Apple apenas continuará a fortalecer o seu monopólio dos smartphones”, acrescentou.

A Apple está reagindo

O processo histórico destacou práticas que, segundo ele, enriqueceram a Apple às custas da inovação e dos avanços tecnológicos para os consumidores.

Em comunicado, a Apple negou o mérito do processo, dizendo que era “falso quanto aos fatos e à lei, e nos defenderemos vigorosamente contra isso”.

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Se for bem-sucedido, o processo “estabelecerá um precedente perigoso, capacitando o governo a moldar a tecnologia das pessoas”, acrescentou a empresa.

O processo alega que a Apple sufocou a criação de portais web completos, SuperApps que poderiam estar no iPhone, por exemplo, e outras formas de os consumidores acessarem serviços como música, fotos ou filmes.

Outros grandes gigantes da tecnologia como a Meta há muito sonham em abrir esses superaplicativos no iPhone, que responde por quase metade do mercado de smartphones dos EUA.

As acusações também visam a Apple Wallet, o único aplicativo permitido no iPhone para acessar a tecnologia para acessar lojas e forçar outros a pagar.

Os aplicativos de mensagens também estão sob o microscópio, com os promotores acusando a Apple de dificultar a comunicação fácil dos usuários da Apple com os usuários de telefones Android e forçá-los a comprar um iPhone caro.

O Apple Watch está disponível apenas com o iPhone, e o caso mais amplo também se refere a smartwatches concorrentes com funcionalidade muito limitada no iPhone.

Essas más práticas também se estendem a outros serviços, como navegadores da web, entretenimento e serviços automotivos, diz a denúncia.

Nos últimos anos, a Apple investiu pesadamente na melhoria de serviços e hardware à medida que busca maneiras de ganhar dinheiro além do iPhone, que foi lançado em 2007 e mudou o mundo da tecnologia de consumo.

Mas o crescimento das vendas do iPhone desacelerou nos últimos anos, pressionando a empresa a encontrar outras fontes de receita.

O DOJ destacou que os lucros da Apple são maiores do que qualquer outra empresa da Fortune 500 e maiores do que o produto interno bruto de mais de 100 países.

Em 2023, a Apple prevê vendas globais de US$ 383 bilhões e lucro líquido de US$ 97 bilhões.

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A investigação do DOJ sobre a Apple começou em 2019, sob a administração Trump.

A Apple venceu em grande parte um processo nos EUA da Epic Games, fabricante do Fortnite, que tem perseguido a Apple em jurisdições ao redor do mundo por causa das regras e taxas que impõe ao iPhone.

Num caso apresentado pelo Spotify, a UE multou este mês a Apple em 1,8 mil milhões de euros (1,9 mil milhões de dólares) por impedir os utilizadores europeus de acederem a informações sobre serviços de streaming de música alternativos e mais baratos.

(Além da manchete, esta história não foi editada pela equipe da NDTV e foi publicada a partir de um feed distribuído.)

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